Nesta terça-feira (25), a greve dos professoras e professores do Estado completa o primeiro mês. A paralisação, que já se tornou histórica, tem como principais bandeiras o reajuste do piso salarial, o pagamento dos retroativos e a construção do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que visa valorizar a profissão de quem faz a Educação acontecer no RN. Além disso, o Sinte-RN tem fortalecido a luta por mais respeito aos professores temporários, que enfrentam condições precárias de trabalho e direitos negados.
O movimento grevista chega aos trinta dias, sendo mais uma vez desafiado. Insatisfeito, diante da vitória dos professores e professoras, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), protocolou, na última segunda-feira (24), um novo golpe (Agravo Interno) contra a recente decisão do Ministro Edson Fachin, que foi favorável ao reajuste do Piso para os trabalhadores em Educação, e desfavorável a liminar do próprio MP que inviabilizava essa questão. Diante disso, a assessoria jurídica do SINTE-RN já iniciou a análise dos aspectos jurídicos desse recurso, em parceria com o escritório do Dr. Ayres Britto, em Brasília.
A professora Paula Duarte, membro do comando de greve, destaca a dimensão histórica do movimento e as dificuldades enfrentadas pela categoria. Ela lembra que a luta dos professores vai além das questões salariais e que, lamentavelmente, os profissionais estão tendo que enfrentar a resistência por parte do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). “Esse movimento já é histórico, pois enfrentamos ações do Ministério Público, que se posicionou contra os educadores. O que percebemos na categoria é um forte sentimento de justiça. Queremos garantir os direitos dos professores e professoras, e também lutar pela melhoria das estruturas das escolas”, afirmou.

Mesmo diante de todos os ataques, a greve também ganhou o apoio de professores temporários, como é o caso da professora Larissa Ludiana, que destaca o fato desse grupo ter os direitos negados pelo governo. “Estamos aqui pela defesa dos nossos direitos, como o pagamento do 13º salário, retroativos e férias. Quando somos contratados, temos os mesmos direitos de um trabalhador CLT, e apenas agora nos foi colocados esses impasses. Estamos buscando representatividade junto ao Sinte”, disse Larissa.
A avaliação que a Regional do Sinte faz sobre a greve é a de que, durante esses trinta dias, seguimos mobilizados e fortes. A categoria permanece unida na defesa dos seus direitos, aguardando uma resposta positiva do governo estadual para o fim da greve, pois a luta é diária, e para todos os dias do ano.