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Sindiserpum realiza assembleia para construção da pauta de reivindicações de 2025

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Nesta quarta-feira (4), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) promoveu uma assembleia para definir as pautas de reivindicações para o ano de 2025. O encontro, que contou com a participação significativa dos professores, trouxe à tona diversas questões que afligem a categoria, entre elas a decisão judicial que prevê a transformação da hora-aula em hora-relógio.

Luiz Costa, vice-presidente do Sindiserpum, destacou que a insatisfação dos professores com a gestão municipal já se arrasta desde 2023, especialmente após a negativa do reajuste de 14,95% no piso salarial, entre outras pendências. “A proposta desta assembleia é ouvir as demandas da categoria, para, em seguida, protocolar um ofício à Prefeitura. Esperamos que a gestão municipal esteja aberta ao diálogo”, afirmou Luiz.

Atualmente, os professores da rede municipal de Mossoró têm carga horária organizada em aulas de 50 minutos, com um terço do tempo destinado ao planejamento e outras atividades pedagógicas. No entanto, a possibilidade de implantação da hora-relógio, como prevê a decisão judicial, preocupa a categoria. A professora Leidiane Alves expressou a preocupação com a sobrecarga de trabalho enfrentada pelos docentes. “Os professores já estão sobrecarregados, com jornadas que exigem trabalho antes, durante e depois das aulas. Temos profissionais adoecidos por problemas decorrentes da pandemia, professores que precisam se deslocar para lecionar em outros municípios, e alunos dependentes do transporte escolar. Aumentar a carga horária só trará mais prejuízos”, lamentou.

A vereadora Marleide Cunha (PT), que também participou da assembleia, criticou a omissão da Prefeitura de Mossoró em relação à sentença judicial que trata da hora-relógio. Ela alertou para os impactos que a decisão pode gerar, tanto na rede municipal quanto estadual de ensino. “É essencial que essa pauta seja discutida com a Prefeitura e o Ministério Público. Não podemos melhorar a educação se, ao mesmo tempo, aumentarmos o trabalho dos professores em condições de trabalho cada vez mais difíceis”, destacou a vereadora. Marleide também ressaltou a necessidade de incluir professores auxiliares para alunos com deficiência ou Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Vale lembrar que, em 2023, a categoria protagonizou a maior greve já realizada no município, com mais de 50 dias de paralisação. Mesmo após o fim da greve, os educadores seguem realizando protestos silenciosos, reforçando a luta por melhores condições de trabalho e direitos garantidos.

O Sindiserpum segue com a missão de construir uma pauta consistente e de pressionar a gestão municipal para que as demandas dos servidores, em especial dos professores, sejam ouvidas e atendidas. O protocolo do ofício com as reivindicações deverá ser entregue à Prefeitura nos próximos dias.