O Conselho Nacional de Educação (CNE) acaba de publicar uma resolução importante que redefine as normas para o uso de celulares e outros dispositivos digitais em sala de aula. A medida pretende equilibrar a utilização dessas tecnologias com o ambiente pedagógico, promovendo um espaço mais acolhedor e preventivo, com foco na saúde mental dos estudantes e no desenvolvimento de suas competências.

Uma das principais novidades da resolução é a autorização do uso de celulares e dispositivos digitais para fins pedagógicos no ensino fundamental e médio, sempre com a mediação dos profissionais de educação. Os aparelhos poderão ser utilizados durante as aulas para facilitar o aprendizado, mas será vedado seu uso para outras finalidades, como acesso a redes sociais, jogos ou outras distrações, tanto dentro das salas de aula quanto nos intervalos. No entanto, há exceções previstas para estudantes que necessitem de recursos de acessibilidade, que poderão utilizar esses dispositivos de acordo com suas necessidades específicas. Isso significa que as escolas têm a liberdade de adaptar as diretrizes à realidade de seus estudantes, estabelecendo os critérios para o uso e armazenamento dos aparelhos durante o período de aula.

No que diz respeito à educação infantil, a resolução recomenda que o uso de telas e dispositivos digitais seja evitado, sendo considerado apenas em situações excepcionais, com a supervisão de um professor.

Outro ponto relevante abordado pela resolução é a formação continuada dos educadores. A medida destaca a importância da capacitação constante dos profissionais da educação para o uso pedagógico das tecnologias digitais, garantindo que saibam como integrá-las de maneira eficaz no processo de ensino-aprendizagem.

Ao mesmo tempo em que reconhece as potencialidades pedagógicas dos dispositivos, a medida busca preservar o bem-estar emocional e a saúde mental dos alunos e professores, garantindo que as inovações tecnológicas sejam usadas de forma responsável e construtiva.