Instituição histórica completou 60 anos em 2025, mas segue sem prazo para retorno ao prédio original
A Escola Estadual Dr. Dagmar Sabino, no município de Areia Branca (RN), enfrenta uma situação de abandono e incerteza. Com 60 anos de fundação completados neste ano, a unidade segue sem qualquer previsão de reforma, mais de um ano após a desocupação do prédio por problemas estruturais.
Em abril de 2024, a então diretora da 12ª DIREC (Diretoria Regional de Educação), professora Ana Morais, esteve na unidade acompanhada de equipe técnica. Na ocasião, foi determinada a evacuação imediata do prédio após constatação de riscos à segurança. Desde então, alunos e profissionais da Dagmar Sabino foram realocados, de forma provisória, para as dependências da Escola Estadual Elita Monte, que funciona no turno noturno com turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A Dagmar Sabino passou a ocupar os turnos matutino e vespertino da escola emprestada, mas em condições precárias. De acordo com relatos da comunidade escolar, o espaço não é suficiente para comportar as atividades da unidade transferida. “Temos acesso apenas às salas de aula e a mais duas salas cedidas — uma para a parte administrativa e outra para o setor pedagógico e os professores. A cozinha é compartilhada, e diversos espaços permanecem indisponíveis”, afirmou uma professora da escola que pediu para ter a identidade preservada.
“Não temos, até o momento, nenhum documento oficial da Secretaria Estadual de Educação com prazos ou informações claras sobre o início da reforma e o retorno ao prédio original”, denuncia o professor Fábio Júnior, vice-diretor da Escola.

Diante da ausência de respostas concretas, a comunidade escolar da Dagmar Sabino organiza para esta semana uma mobilização pública. A manifestação sairá da Escola Elita Monte em direção ao prédio da Dagmar Sabino, exigindo do governo estadual a devolução do espaço próprio da instituição.
“Estamos cobrando uma solução. Nossa escola tem história, tem identidade, e precisa de um espaço digno para continuar educando”, afirmou um representante do movimento.
O SINTE Regional Mossoró acompanhará a mobilização e seguirá cobrando providências do governo estadual. A entidade reforça que nenhuma escola pode funcionar em condições improvisadas por tempo indeterminado, e que o direito à educação com qualidade começa por uma infraestrutura adequada.