Na manhã desta segunda-feira (10), o primeiro dia de aula para os estudantes da rede estadual de ensino da zona rural de Mossoró foi marcado por um grave descaso: a falta de transporte escolar. Alunos das comunidades de Sussuarana, Passagem de Pedras e Piquiri, que aguardavam os ônibus escolares para o início do ano letivo, ficaram sem o transporte, sem nenhuma explicação por parte do Governo do Estado ou da direção das escolas.

Enquanto as escolas da cidade iniciavam suas atividades com a presença de alunos, os estudantes dessas localidades rurais foram deixados para trás. As crianças e seus responsáveis esperaram por horas, mas os ônibus não chegaram. A falta de qualquer justificativa por parte do Estado, que é o responsável pelo transporte, causou um grande desconforto e revolta entre os pais e moradores das comunidades afetadas.

Em um momento tão importante, onde o ano letivo começa e as expectativas dos alunos e suas famílias estão voltadas para a educação, a negligência do poder público só reforça a sensação de desvalorização da educação pública, especialmente nas áreas rurais.

O que deveria ser um dia de acolhimento e incentivo ao aprendizado se transformou em um símbolo de desrespeito e de falta de planejamento. A educação na zona rural de Mossoró, já marcada por desafios, enfrenta mais um obstáculo com a falta de comprometimento do Estado em garantir um serviço essencial. O transporte escolar não é apenas uma comodidade, mas um direito básico dos estudantes, especialmente em áreas distantes, onde a locomoção depende inteiramente desse serviço para que os alunos possam acessar a escola.

O que aconteceu nesta segunda-feira é inaceitável, e os responsáveis precisam dar explicações sobre o ocorrido. Os alunos não podem pagar o preço da falta de gestão e organização do governo. Mais uma vez, a educação da zona rural de Mossoró é deixada de lado, e a promessa de um ensino de qualidade para todos se esvai diante da falta de compromisso com os direitos básicos dos estudantes. A educação não pode continuar sendo tratada com tamanho descaso. A cobrança por melhorias é urgente e fundamental.