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Areia Branca realiza primeira eleição para gestor escolar, mas modelo da lista tríplice gera críticas do SINTE
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A rede municipal de Areia Branca viveu nesta segunda-feira, 25, um marco histórico: a realização da primeira eleição direta para gestores escolares.

O pleito, que ocorreu das 8h às 17h em todas as unidades de ensino do município, representa um passo importante rumo à gestão democrática, fruto de uma reivindicação antiga do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTERN).

Apesar do caráter inédito e simbólico do processo, o sindicato critica duramente o modelo adotado pela Prefeitura. Isso porque o prefeito Sousa instituiu a chamada lista tríplice, mecanismo que permite ao chefe do Executivo escolher entre os/as três candidatos/as mais votados/as, podendo até nomear aquele ou aquela que recebeu o menor apoio da comunidade escolar. Para o SINTE, essa regra enfraquece a democracia do processo e desestimula a participação da categoria.

O coordenador geral do SINTE/RN, professor Rômulo Arnaud, acompanhou a votação em algumas escolas nesta segunda-feira, destacou a importância da conquista, mas reforçou a necessidade de avanços.

“Essa eleição é resultado de uma luta histórica do nosso sindicato, uma conquista reivindicada ainda antes da atual gestão municipal assumir. É um processo que tem valor simbólico, mas o formato precisa melhorar. Foi feito de forma muito rápida, sem a participação do SINTE e da comunidade escolar na construção do modelo. A lista tríplice, por exemplo, fere o princípio democrático, já que pode levar ao cargo quem não teve a confiança da maioria”, avaliou.

Segundo Arnaud, o fato de a eleição finalmente acontecer representa uma vitória para os trabalhadores e trabalhadoras em educação. No entanto, a manutenção da lista tríplice se tornou o principal ponto de tensão entre sindicato e Prefeitura. “Se existe um vitorioso neste momento é o SINTE, a categoria, que batalhou para que a gestão democrática saísse do papel. Mas precisamos avançar, corrigir distorções e garantir que a vontade da comunidade escolar seja realmente respeitada”, concluiu.