Na manhã desta quarta-feira (14), a Escola Municipal Senador Duarte Filho, localizada no conjunto Walfredo Gurgel, em Mossoró (RN), foi palco de um grave episódio de violência escolar. Um estudante do 9º ano entrou em sala de aula armado com uma faca e atacou colegas e o professor, resultando em momentos de pânico e desespero entre alunos e funcionários.

A Regional do Sinte Mossoró avalia que, a presença de um jovem armado dentro de uma sala de aula escancara a falta de barreiras mínimas de proteção e a ausência de uma política consistente de prevenção à violência no ambiente escolar.

Segundo informações apuradas no local, o estudante teria como objetivo atingir o maior número possível de colegas. Durante o ataque, o professor de matemática reagiu para proteger os estudantes e acabou ferido, assim como um aluno da turma. A situação foi contida graças à rápida ação da equipe escolar, que acionou a Guarda Civil Municipal e o SAMU, responsáveis pelo socorro imediato às vítimas e pelo encaminhamento do agressor.

O episódio acende um alerta urgente sobre a vulnerabilidade das escolas públicas frente a situações de violência. Casos como este não podem ser tratados como incidentes isolados, mas como sinais de uma realidade que exige políticas públicas estruturadas e preventivas, incluindo monitoramento do ambiente escolar, apoio psicológico, capacitação de profissionais para mediação de conflitos e, sobretudo, protocolos claros de segurança. Crianças e adolescentes têm o direito de estudar em um ambiente seguro, e garantir isso deve ser prioridade de todas as esferas do poder público.

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Educação de Mossoró lamentou o ocorrido e informou que está acompanhando a situação. “A Secretaria acompanha tudo de perto e segue adotando as providências necessárias para o bom andamento das atividades escolares, com total atenção aos alunos, profissionais e famílias envolvidas”, declarou.

As aulas na escola foram suspensas temporariamente. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente (DPCA) da Polícia Civil, com acompanhamento do Ministério Público, que também deverá apurar possíveis falhas nos protocolos de prevenção ou indícios de omissão por parte da instituição.