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Bullying está presente na maioria das escolas públicas, segundo levantamento do MEC

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Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) revelou que o bullying e a discriminação continuam sendo problemas significativos nas escolas públicas brasileiras. Segundo os dados, oito em cada dez professores da rede pública relataram ter presenciado, ao longo de 2023, algum tipo de bullying em sala de aula. O levantamento foi conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelas estatísticas educacionais do governo federal.

Ao todo, mais de 395 mil docentes de mais de 70 mil escolas participaram do estudo. Esta é a segunda vez que o Inep inclui perguntas específicas sobre bullying e discriminação em seu levantamento anual com professores da educação básica.

Em Mossoró, na Escola Estadual João Paulo II, o professor Adriano Pinheiro afirma já ter presenciado diferentes tipos de bullying em sala de aula, no entanto, ressalta que os professores estão atentos para que a situação não ultrapasse o primeiro estágio. “No ambiente escolar o bullying é muito praticado entre os alunos. Evidentemente, muitos deles, não sabem que estão cometendo esse tipo de violência, pois aparenta ser uma coisa tão “comum” no seu cotidiano que não percebem o que estão fazendo. Vai desde um apelido considerado “inofensivo”, passando por críticas ao estilo de roupa que uma pessoa veste, até comentários agressivos de xingamento e pressão psicológica”, esclarece.

De acordo com a pesquisa, apenas 23% dos entrevistados afirmaram não ter presenciado episódios de bullying , definido no levantamento como ameaças ou ofensas verbais. Já 59% disseram ter se deparado com esses casos “poucas vezes”, 16% “muitas vezes” e 2% relataram que esse tipo de comportamento ocorre “sempre” em suas escolas.

O cenário também é preocupante em relação à discriminação. Metade dos professores entrevistados afirmou ter presenciado atos discriminatórios nas instituições de ensino em 2023. Dentre eles, 44% disseram que isso aconteceu “poucas vezes”, enquanto 7% relataram ocorrências “muitas vezes” e 1% afirmou que presenciou discriminação “sempre”.

Os resultados do levantamento reforçam o alerta para a necessidade de políticas públicas voltadas à promoção de um ambiente escolar mais seguro, acolhedor e inclusivo.

Para o professor Adriano, a informação funciona como base para mostrar aos alunos que, uma simples brincadeira, pode ser considerada bullying. “Muitos não tem ideia do peso de uma palavra, o que ela pode causar. Nós, professores, sempre destinamos parte da aula para falar sobre bullying, principalmente quando acontece episódios de agressão com palavras. Na própria Feira de Ciências da escola, surgiram muitos temas nesse sentido, prova de que a consciência desses alunos é despertada em algum momento de suas vidas”, afirma.

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