De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, conta com 296 indígenas, dos quais 135 são homens e 161 são mulheres. A maior parte reside na zona urbana: 131 homens e 158 mulheres. Apenas 4 homens e 3 mulheres vivem em áreas rurais. Esse número representa 2,5% da população indígena do estado. A cidade segue o padrão observado em outros municípios, com a maioria da população indígena vivendo em áreas urbanas, embora ainda existam grupos importantes no meio rural. O levantamento apontou que o país possui 1.694.836 indígenas, distribuídos por 4.833 municípios. No Rio Grande do Norte, a população indígena soma 11.724 pessoas, sendo que o maior contingente está concentrado na zona urbana,
Um dado preocupante apresentado pelo Censo 2022 foi a taxa de alfabetização entre os povos indígenas. Em 2022, a taxa de alfabetização da população indígena no Brasil foi menor do que a da população geral, tanto nas áreas urbanas quanto rurais. Nas zonas urbanas, a taxa de alfabetização entre homens e mulheres indígenas foi de 89,57% e 88,76%, respectivamente, abaixo da população geral, que alcançou 94,45% e 94,66%. Nas zonas rurais, a discrepância é ainda mais acentuada, com a taxa de alfabetização de homens indígenas (80,58%) superando ligeiramente a das mulheres (77,01%).
No Rio Grande do Norte, as mulheres indígenas urbanas apresentaram melhores índices de alfabetização do que os homens, com 87,39% contra 84,60%. No meio rural, as mulheres também superaram os homens (75,39% contra 66,72%). Apesar disso, todos esses índices ainda estão abaixo dos da população geral, evidenciando a desigualdade regional e social que afeta os povos indígenas, especialmente nas zonas rurais.
Os dados do Censo Demográfico 2022 revelam as dificuldades e as desigualdades enfrentadas pela população indígena no Brasil, especialmente no Rio Grande do Norte. Esses números reforçam a importância de políticas públicas direcionadas, que garantam o acesso a direitos essenciais e a melhoria das condições de vida dos povos indígenas, tanto nas zonas urbanas quanto nas rurais.