Na última sexta-feira (2), a Escola Estadual Professora Maria Stella Pinheiro Costa, localizada no bairro Liberdade, em Mossoró, foi interditada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte. A situação coloca a comunidade escolar diante do abandono e sucateamento aos quais a educação pública estadual tem sido submetida.

Segundo os laudos técnicos, um dos pilares que sustenta parte do prédio está comprometido, oferecendo risco de rompimento. O Corpo de Bombeiros determinou que o imóvel só poderá ser reaberto mediante laudos que atestem o isolamento das áreas críticas ou a eliminação definitiva dos problemas estruturais. Até lá, cerca de 500 alunos estão fora das salas de aula.

A culpa não é da direção da escola, nem tampouco dos professores. São justamente esses profissionais que, em meio a greves e paralisações, vêm sendo as únicas vozes constantes na defesa de uma estrutura minimamente digna para ensinar e aprender. A responsabilidade é do Estado.

Vale lembrar que em fevereiro de 2024, a secretária estadual de Educação, Socorro Batista, anunciou publicamente nas redes sociais que a reforma da escola Maria Stella estava em andamento e que seria concluída até março do mesmo ano. Passados 15 meses, não apenas a reforma não foi concluída, como a escola chegou ao ponto de interdição total.

O Portal da Regional do SINTE Mossoró já havia denunciado a precariedade da estrutura, incluindo o pilar danificado. Esta não é uma situação isolada: diversas escolas da rede estadual enfrentam condições semelhantes, sem manutenção adequada, e algumas, com obras arrastadas e sem previsão de entrega.

Se o Estado falha em garantir segurança física aos estudantes e professores, como poderá garantir o direito à educação de qualidade? Essa é uma das pautas do Sinte, que luta para manter de pé o funcionamento digno nas unidades de ensino. O Sindicato segue mobilizado e acompanha a situação caótica instalada na Escola Maria Stella.