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Estado inicia ano letivo com incertezas e desvalorização dos professores

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Nesta segunda-feira (10), 590 unidades de ensino da rede estadual do Rio Grande do Norte deram início a mais um ano letivo. Contudo, o clima que deveria ser de expectativa e renovação se encontra marcado por incertezas e pela crescente desvalorização dos profissionais da educação. O motivo: o governo do Estado insiste em não cumprir a lei que estabelece o reajuste do piso salarial dos educadores.

De acordo com a medida anunciada pela gestão estadual, o reajuste de 6,27% será concedido apenas aos professores em início de carreira, o que representa apenas 2 mil dos mais de 32 mil profissionais da educação no estado. Isso significa que mais de 30 mil educadores ficam de fora de um direito garantido por lei, refletindo mais uma vez a negligência com a valorização da classe que sustenta o sistema educacional.

A decisão do governo, que se recusa a aplicar o reajuste integralmente, é um golpe direto na moral dos professores, enfraquecendo uma categoria já sobrecarregada e desmotivada. Em suas redes sociais, o coordenador geral do Sinte, o professor Rômulo Arnaud, não poupou críticas: “A governadora Fátima, relatora do piso, está destruindo a carreira dos professores do magistério, o que é extremamente grave”, declarou, chamando a categoria para o Dia de Luta que ocorrerá nesta terça-feira (11), com uma paralisação das atividades escolares.

A situação se torna ainda mais preocupante ao considerar que a educação pública no estado já enfrenta uma série de desafios, como a falta de infraestrutura, o número elevado de alunos por sala de aula, e ainda a questão da inclusão que precisa melhorar. A recusa em aplicar o reajuste do piso salarial, que deveria ser um compromisso da gestão estadual, agrava ainda mais o quadro, sinalizando um desrespeito com os educadores e comprometendo, a longo prazo, a qualidade do ensino.

Em Mossoró, uma Assembleia Geral foi convocada para esta terça-feira, 11, na sede do Sinte, às 8h. A convocação é clara: a união da categoria é fundamental para resistir a esse cenário de desvalorização. A presença de todos e todas será essencial para fortalecer a luta por melhores condições de trabalho, por uma educação pública de qualidade e, sobretudo, pela dignidade dos professores. O que está em jogo não é apenas um reajuste salarial, mas a própria dignidade da profissão e o futuro da educação no estado.

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