Apesar da retirada de apoio à Proposta de Emenda Constitucional da Reforma Administrativa por 22 parlamentares de diversos partidos, incluindo líderes partidários como Paulinho da Força (leia a matéria aqui), dois deputados do Rio Grande do Norte ainda estão na mesma direção, ou seja, contra os erviços públicos.
Os deputados João Maia (PP) e General Girão (PL), alinhados ao bolsonarismo, mantêm as suas assinaturas e apoio à PEC 38/2025. Os parlamentares potiguares ignoram a opinião dos servidores públicos e da sociedade, que rechaçam a proposta por precarizar serviços essenciais como saúde e educação.
O SINTE Mossoró, junto ao SINTE RN e demais centrais sindicais, cobra publicamente que os deputados João Maia e General Girão retirem imediatamente suas assinaturas. A permanência do apoio é uma afronta aos servidores do Rio Grande do Norte e um aval para o desmonte do serviço público no estado e em todo o Brasil.
A cobrança será intensificada nos próximos dias para que os deputados justifiquem por que se opõem aos interesses da população que os elegeram.
“É bom lembrar: no próximo ano teremos eleições. Os deputados que hoje tentam se omitir ou atacam os direitos dos servidores e a população que mais precisa dos serviços públicos serão cobrados por suas escolhas”, afirmou o coordenador geral do SINTE/RN, professor Rômulo Arnaud.
Desdobramentos e mais pressão
A retirada de assinaturas não anula automaticamente a tramitação da PEC, mas tem forte efeito político. A perda de apoio formal pode dificultar negociações futuras para avançar com a agenda no Congresso.
A mudança de cenário e a proximidade das eleições também podem influenciar o cálculo dos líderes partidários sobre se vale a pena priorizar a matéria na pauta.