O incêndio que atingiu, na madrugada do último domingo (18), um dos quartos da casa 4 da residência universitária masculina da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), em Mossoró, acendeu um alerta sobre as condições de segurança nas moradias estudantis da instituição. Embora ninguém tenha se ferido, o incidente expôs fragilidades na estrutura de prevenção e resposta a emergências dentro dos alojamentos universitários.
O fogo teve início por volta das 4h da manhã, em um momento em que o quarto afetado estava vazio. A rápida ação de estudantes de uma casa vizinha, que desligaram o disjuntor geral e utilizaram baldes de água para conter as chamas, evitou que o incêndio se alastrasse e causasse danos maiores. Ainda assim, o episódio levantou questionamentos entre os residentes sobre a ausência de equipamentos de combate a incêndio, como extintores acessíveis, e falta de vigilância ativa durante a madrugada.
Atualmente, a residência universitária abriga cerca de 190 estudantes distribuídos em diversas casas dentro do campus central da UFERSA. Após o incêndio, o quarto foi isolado, e os moradores da unidade atingida foram realocados para outras casas.
Na manhã desta segunda-feira (19), os estudantes se reuniram com o reitor da UFERSA, professor Rodrigo Codes, que anunciou medidas emergenciais, como o ressarcimento pelas perdas materiais, acolhimento social e pedagógico dos afetados, além da contratação emergencial de vigilância eletrônica e a substituição dos colchões danificados.

Apesar da resposta rápida da gestão universitária, os próprios estudantes destacaram que o ocorrido revela uma necessidade urgente de revisão das condições de segurança nas moradias estudantis.
A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis informou que a universidade está em contato direto com os residentes afetados e que o espaço onde ocorreu o incêndio está sendo periciado para identificar a causa do incidente. No entanto, o episódio reacende uma discussão mais ampla sobre o papel das universidades federais na manutenção da segurança habitacional dos seus estudantes, especialmente aqueles que dependem da moradia estudantil para seguir nos estudos longe de suas cidades de origem.