Na manhã desta sexta-feira (28), um ato público marcou a união entre estudantes e professores da rede estadual de ensino de Mossoró. A caminhada, com destino até a 12ª DIREC, foi um grito de protesto contra a administração do Governo do Estado e suas políticas educacionais desastrosas, que, ao invés de fortalecer a educação, têm prejudicado ainda mais os profissionais da área e comprometido a qualidade do ensino.

Com faixas e cartazes, o movimento tornou evidente a luta incansável de educadores e alunos, que não se curvam diante das ameaças e das pressões da atual gestão estadual. Além da insatisfação instaurada devido a falta do reajuste do piso, o protesto trouxe à tona uma questão gravíssima: o assédio contra professores celetistas. De acordo com denúncias que chegam a Regional do Sinte, educadores contratados pela 12ª DIREC estão sendo coagidos a permanecerem em sala de aula, sob a ameaça de suspensão e até mesmo de corte em seus contratos temporários, caso se juntem ao movimento grevista.

A pressão é clara. A Diretoria tem atuado de maneira autoritária, sem respeito aos direitos dos profissionais da educação. É um atentado contra a liberdade de expressão e a autonomia dos educadores, que, como qualquer trabalhador, têm o direito legítimo de aderir a greves e protestos por melhores condições de trabalho e de ensino. a classe trabalhadora da educação não será silenciada, e o Governo do Estado precisa entender que suas ações autoritárias não passarão impunes.

A luta agora é unificada. Estudantes, professores efetivos e contratados estão juntos, pois sabem que a educação pública de qualidade só será conquistada através da união. Não importa se o profissional tem vínculo efetivo ou temporário; todos têm o mesmo objetivo: a valorização da carreira, melhores salários, condições de trabalho adequadas e respeito por parte do governo estadual.

A governadora Fátima Bezerra, que já foi parte da luta sindical dos professores, parece ter aposentado os princípios de justiça e igualdade que defendeu ao longo de sua trajetória. Hoje, ela se coloca contra os próprios trabalhadores da educação, e essa postura precisa ser rechaçada com firmeza.

O movimento continua, e a cada dia ganha mais força. Professores e estudantes estão determinados a não permitir que suas lutas sejam abafadas pela opressão. A luta pela educação pública de qualidade, pela valorização dos profissionais da educação e pelo direito dos alunos a um ensino digno é um desafio que que não tem volta. A classe educacional de Mossoró e do Rio Grande do Norte está de pé, unida e determinada a vencer as injustiças.