Como um Estado que não valoriza a Lei do Piso dos educadores e, consequentemente, desvaloriza a classe, consegue emplacar tantos projetos em uma feira de destaque nacional e até internacional como a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace)? A resposta é simples: porque nossos professores fazem a diferença em sala de aula e, mesmo diante das dificuldades, incentivam a Ciência por meio dos estudantes.
Dessa forma, Mossoró brilha mais uma vez no cenário científico nacional com a participação de três escolas na etapa final da Febrace, que acontece até amanhã, sexta-feira (28). Além da Escola Abel Coelho, que já é tradicionalmente reconhecida pelo comprometimento com a educação científica, outras duas instituições participam do evento: a Escola Monsenhor Raimundo Gurgel e o Centro Estadual de Capacitação de Educadores e Atendimento ao Surdo (CAS Mossoró).
Além de Mossoró, outras cidades da região também se destacam, com escolas de sete municípios sob a competência da 12ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (Direc). A Escola em Tempo Integral Desembargador Silvério Soares, localizada em Areia Branca, é outra que está representando o Rio Grande do Norte na Febrace.
Os projetos que chegam à fase final são frutos das feiras regionais organizadas pelas Diretorias Regionais de Educação e Cultura (DIRECs), além de eventos locais, como a Feira de Ciências do Semiárido Potiguar. Esses eventos, que vêm sendo fortalecidos nos últimos anos, fazem parte de uma política de valorização da ciência na educação básica, permitindo que estudantes do estado ganhem visibilidade no cenário nacional e mostrem suas habilidades científicas.
A Febrace 2025, além de ser uma plataforma importante para a exposição de projetos inovadores, também oferece aos participantes a chance de conquistar premiações, bolsas de pesquisa e até participação em eventos internacionais, o que pode abrir portas para o futuro acadêmico e profissional dos jovens cientistas do Rio Grande do Norte. Ao todo, 12 projetos de escolas estaduais do RN estão na fase final da competição, com mais de 670 estudantes de todo o Brasil apresentando 300 trabalhos durante o evento.
Os projetos apresentados abrangem os mais variados segmentos, refletindo a diversidade e a criatividade dos alunos, que buscam sempre inovar e transformar o mundo ao redor por meio da Ciência.