Mossoró está em fase de preparação para dar um importante passo na ampliação da educação ao aderir ao Programa Escola em Tempo Integral, que visa expandir o acesso dos estudantes ao ensino integral em todas as etapas e modalidades da educação básica. A partir de 2025, a cidade passará de 20 para 31 escolas participantes, um aumento significativo que pode, à primeira vista, ser considerado uma conquista para o sistema educacional local. No entanto, por trás dessa expansão, surgem algumas reflexões.
É inegável que a proposta de oferecer educação em tempo integral, com atividades além do conteúdo curricular, como práticas culturais, esportivas e de desenvolvimento pessoal, tem um enorme potencial para enriquecer a formação dos alunos. A ampliação do número de unidades, portanto, é uma boa notícia para aqueles que buscam uma formação mais completa, capaz de preparar as crianças e adolescentes não apenas para os desafios acadêmicos, mas também para a vida social e pessoal.
Entretanto, um olhar mais atento revela que a expansão do programa pode enfrentar desafios que comprometem seus reais benefícios, principalmente se considerarmos a infraestrutura e a qualidade do atendimento educacional. O aumento no número de escolas participantes, por exemplo, deve ser acompanhado de investimentos adequados em recursos pedagógicos, formação de professores, apoio psicossocial e manutenção das instalações escolares.
Em Mossoró, as escolas que, em 2025, entrarão para o programa de tempo integral são:
• E.E. Dinarte de Medeiros Mariz
• E.E. Iracema Fernandes
• E.E. Luiz Dantas
• E.E. Hermógenes Nogueira
• E.E. Lavoisier Maia
• E.E. Calazans Freire
• E.E. José Martins de Vasconcelos
• E.E. Cônego Estevam Dantas
• E.E Eliseu Viana
• E.E. Pe. Sátiro Cavalcante
• E.E. CAIC
Já em termos de Rio Grande do Norte, Em 2024, no segundo ciclo do programa, o estado registrou a marca de 20.900 matrículas no formato de tempo integral, sendo que 10.175 vagas foram pactuadas pela rede estadual e 10.725 pela rede municipal. Diante dessas ampliações, é necessário que a centralização de esforços no ensino integral não retire o foco de questões estruturais que ainda precisam ser resolvidas nas escolas, como a falta de materiais, infraestrutura precária e a escassez de profissionais. O Sinte Regional Mossoró segue fiscalizando e cobrando do governo um olhar atento para as pautas que envolvem uma educação de qualidade.