Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Nesta terça-feira (29), Mossoró recebe pela primeira vez a educadora Esther Grossi

Sumário

Referência em alfabetização no Brasil, pesquisadora, ex-secretária de Educação de Porto Alegre (RS) e ex-deputada federal (1995-2002), Esther Grossi possui uma trajetória marcada por importantes contribuições no campo da Educação, dedicando-se a pesquisar maneiras de combater o analfabetismo, e a promover a educação às classes mais vulneráveis. Aos 88 anos, a professora afirma que não cansa de aprender, o que significa estudar diariamente sobre o mundo e as pessoas.

Em visita pela primeira vez a Mossoró, a pesquisadora participou nesta terça-feira (29), de um encontro com educadoras e educadores da educação básica, na UFERSA, para discutir sobre o tema: “Alfabetizar-se é nascer de novo!”. Para Esther, aprender vai além do que estar informada sobre o que acontece; é preciso pensar, formular hipóteses. “o mais fantástico é que descobrimos cientificamente que aprender não é memorizar, aprender é realmente construir o conhecimento que vai muito além do que apenas lembrar daquilo que foi explicado em sala de aula”. Dessa forma, o professor pode provocar o aluno a pensar, apropriando-se também das novidades cientificas para ampliar esse leque de construção dos saberes.

Indagada sobre como cativar e fazer com que o estudante permaneça em sala de aula, diminuindo, assim, o índice de evasão escolar, a educadora foi bem incisiva na resposta: “Se os alunos vão embora, é porque eles não vivem o prazer de aprender na sala de aula. Tem que mudar a metodologia de alfabetização; se eles estiverem aprendendo de verdade, não haverá evasão”, reforçando mais uma vez a necessidade de o aluno aprender a pensar e não apenas repetir formula.

Sobre o atual cenário brasileiro, a pesquisadora revela que vivemos um momento crucial, em que o peso do liberalismo e capitalismo deturba a vida “Só votar não é garantia de democracia; é preciso redemocratizar a própria democracia. Temos que pensar em como ultrapassar isso. Se nós, professores, quisermos guardar o nosso espaço, é preciso produzir aprendizagens”, fazendo isso através da realidade de cada espaço de atuação.

Estamos Online!