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Pesquisa revela: professores ganham 40% a menos no Brasil – O custo de ensinar em um Estado/país que não valoriza a educação
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Sumário

Segundo a UNESCO, será necessário contratar 44 milhões de professores no mundo até o fim da década para garantir o direito à educação básica. A meta, porém, esbarra nos mesmos obstáculos que hoje levam tantos a deixarem a sala de aula: salários baixos, sobrecarga de trabalho, insegurança e a crescente sensação de não pertencimento a uma profissão essencial, mas tratada como descartável. O relatório da organização alerta: onde há valorização docente, há melhores resultados educacionais, menor evasão escolar, maior inclusão e menos violência.

Enquanto isso, no Rio Grande do Norte, chegamos ao ponto em que o governo descumpre o acordo que pôs fim à greve. Trata-se, sim, de dinheiro. E trata-se, também, de dignidade. De garantir valorização, tempo, estrutura, proteção e reconhecimento a quem sustenta as bases de uma sociedade democrática.

Além de tudo, é preciso lembrar o excesso de exigências, o abandono das políticas públicas e a rotina de insegurança que compõem um cenário de desgaste físico e emocional. Em cada sala de aula superlotada, em cada escola sem estrutura, há um educador tentando fazer o impossível: ensinar, apesar de tudo

No Brasil, Professores da educação básica ganham, em média, 40% a menos que outros profissionais com a mesma formação, de acordo com o Instituto de Estatística da UNESCO (UIS). É uma das piores desvalorizações salariais entre todos os países analisados.

O professor adoece porque já não encontra sentido, apoio ou condições mínimas para exercer seu papel. E, quando faz, é à custa da própria saúde.

Mesmo assim, a categoria segue. Exausta, adoecida, muitas vezes ameaçada. Os professores e professoras sabem que educar, neste país, é um ato de resistência. E sabem, também, que sem salários dignos, sem reconhecimento real, não há futuro possível.