Plantar e colher! Estudantes do ensino fundamental têm conjugado na prática esses dois verbos, graças a uma iniciativa do projeto de Extensão Hortas para o Ensino Fundamental, desenvolvido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). O cultivo de hortas didáticas envolve alimentação saldável, meio ambiente, empreendedorismo e interdisciplinaridade. Outra boa notícia diz respeito à ampliação de hortas. Para este ano estão sendo ofertadas cinco vagas para escolas da rede estadual de ensino.
Segundo o idealizador do projeto, o engenheiro agrônomo, Giorgio Mendes, o objetivo é fazer com que, todas as escolas possam cultivar hortas para difundir a alimentação saudável e consciência ambiental. “A ideia de hortas nas escolas sempre foi um sonho meu desde estudante de Agronomia. Na primeira versão o projeto recebeu o nome de horta didática na escola, transformando-se depois, no programa hortas para o Ensino Fundamental”, destaca.
Giorgio conta que, inicialmente, as crianças não tinham o hábito de consumir hortaliças e começaram a gostar daquilo que passaram a produzir. “Em termos de ensino-aprendizagem podemos acompanhar uma melhora significativa a partir das atividades pedagógicas desenvolvidas, resultando em aumento do IDEB da escola, uma vez que, os alunos conseguem unir teoria e prática”, reforça.
A escola Estadual Francisca Martins de Souza foi uma das primeiras a adotar o projeto. Atualmente, a plantação dos alunos consiste em coentro, e pimentão. De acordo com a estudante Ingrid, a horta tem transformado o espaço da escola, e até os hábitos de consumo em casa, “é preciso cuidar da terra, regar as plantinhas, e oferecer amor. Depois daqui, passei a comer mais verduras em casa”, declara.
De acordo com a professora Elenice Costa, a vivência da horta é levada para sala de aula, “em matemática criamos situações problemas relacionadas ao projeto, em Língua Portuguesa utilizamos os adjetivos, verbos e a produção de textos; tudo ligado ao trabalho que os alunos desenvolvem”, afirma.
Outro ponto importante é a inserção do empreendedorismo na escola com a feirinha agroecológica. Além dos estudantes, essa etapa reúne pais, e professores. Ao fazer uso da matemática, as crianças aproveitam para aprender o valor monetário dos produtos, e assim, conseguem estabelecer a base para a educação financeira. Vale ressaltar que, a renda da comercialização das hortaliças é utilizada para que a turma possa investir em excursões pedagógicas.
Para aderir ao projeto e plantar uma sementinha de novidade na escola, basta candidatar-se a uma vaga através do e-mail giorgio@ufersa.edu.br. O desafio está lançado, agora é só correr para ser uma das unidades contempladas.