Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Ranking global aponta queda de desempenho na maioria das universidades brasileiras; UFRN sobe no cenário nacional

Sumário

Um novo ranking internacional divulgado na última segunda-feira (2) pelo Centro de Rankings Universitários Mundiais revelou uma tendência preocupante para o ensino superior brasileiro: 87% das instituições do país listadas entre as 2 mil melhores do mundo caíram de posição em relação à edição anterior. A avaliação considera critérios como qualidade da educação, qualificação do corpo docente, empregabilidade de ex-alunos e produção científica.

Apesar do recuo generalizado, o Brasil ainda mantém 53 universidades públicas e privadas no ranking global, que analisou mais de 21 mil instituições. Entre os destaques positivos está a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que apresentou uma importante ascensão no cenário nacional. A instituição subiu da 23ª posição, registrada em 2021, para o 15º lugar entre as melhores do país em 2025. No ranking mundial, ficou na 951ª colocação.

Já a Universidade de São Paulo (USP) segue como a melhor da América Latina, embora tenha perdido uma posição e agora esteja em 118º lugar no mundo. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também teve um avanço expressivo, saltando 70 posições no ranking internacional.

Ainda assim, o resultado geral reflete um momento de fragilidade para a ciência e a educação superior no Brasil. O principal fator identificado pela organização responsável pelo ranking é a queda no desempenho das universidades brasileiras na área de pesquisa, uma consequência direta da redução de investimentos públicos ao longo dos últimos anos.

Em resposta aos dados, o Ministério da Educação informou que, para 2025, será feita uma recomposição orçamentária de R$ 400 milhões destinados às universidades federais. A pasta também destacou que, ao longo de 2024, foram investidos mais de R$ 5 bilhões em recursos para a pesquisa científica em instituições de ensino superior.

Com o avanço da ciência cada vez mais atrelado ao financiamento e à valorização dos pesquisadores, o futuro da educação superior no Brasil dependerá do compromisso político e social com a produção de conhecimento.