O estado do Rio Grande do Norte ocupa a terceira posição no ranking de matrícula de estudantes trans, com 839 alunos. No Brasil, pelo menos 9 mil estudantes trans estão matriculados nas redes estaduais de ensino. Esses números dizem respeito às matrículas com o nome social de estudantes em 14 estados e no Distrito Federal.
Os dados fazem parte do dossiê Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024, da Rede Trans Brasil, que reúne informações obtidas por meio do Portal da Transparência. O documento tem como objetivo não apenas revelar as mortes de pessoas trans no país, mas também destacar a presença de estudantes trans nas escolas, um avanço importante para a inclusão.
De acordo com o levantamento, os estados que lideraram o número de matrículas de estudantes trans foram São Paulo, com 3.451 alunos, Paraná, com 1.137, e Rio Grande do Norte, com 839. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (780), Santa Catarina (557), Espírito Santo (490), Distrito Federal (441), entre outros.
Os dados do Censo Trans, também da Rede Trans Brasil, indicam que a educação de pessoas trans ainda enfrenta barreiras significativas. Em um levantamento com 1.100 mulheres trans, 63,9% não haviam completado o ensino médio, e 34,7% não conseguiram concluir sequer o ensino fundamental. Os números indicam, portanto, que o problema não está apenas no acesso, mas em garantir que as pessoas trans consigam concluir os estudos e tenham as mesmas oportunidades de educação e trabalho que qualquer outra pessoa. A educação precisa ser um espaço seguro e inclusivo para todos, independentemente de sua identidade de gênero.
