A situação dos professores e professoras da rede municipal de Mossoró é semelhante à que vigora no estado. O reajuste do piso também tem sido negado, reflexo da indiferença com que as autoridades tratam a educação pública no RN.
Sem o devido reajuste do piso desde 2023, os educadores enfrentam uma defasagem de até 22% em seus vencimentos. E, como se não bastasse, o prefeito Allyson Bezerra, até o momento, sequer demonstrou qualquer intenção de sentar à mesa para negociar com a categoria, mesmo com uma pauta protocolada desde dezembro de 2024. O resultado disso é a crescente insatisfação, que agora se traduz em mobilizações: o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) convocou uma paralisação geral para a próxima terça-feira (18), como forma de dar visibilidade à situação e exigir os direitos da categoria.
A presidente do Sindiserpum, Eliete Vieira, destaca a gravidade da situação ao afirmar que, sem os reajustes de 2023 e 2024, a categoria acumula perdas significativas. “O prefeito parece ignorar completamente essa realidade, criando novos cargos comissionados e até sucursais administrativas em outras cidades, enquanto se nega a aplicar o reajuste salarial de quem, efetivamente, faz a cidade andar: os servidores públicos”, afirma Eliete.
O aumento das despesas com a máquina pública contrasta com a falta de recursos para garantir que os professores tenham um salário justo, digno e compatível com a sua função essencial na sociedade.
A mobilização de terça-feira (18) é um reflexo do cansaço acumulado de anos de descaso. Dessa forma, o Sindiserpum convoca a categoria e a população a se juntar à luta. A sociedade mossoroense não pode mais fechar os olhos para essa realidade. A educação precisa ser tratada como prioridade, e os profissionais que a constroem, dia após dia, também precisam ser respeitados e valorizados.