Mossoró vive um dos momentos mais críticos da história no que se refere à educação do município. Dois novos episódios registrados na última semana revelam um cenário marcado por descaso, insegurança e negligência por parte do poder público. O primeiro caso ocorreu na Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, no bairro Belo Horizonte, onde um ventilador pegou fogo dentro de uma sala de aula, provocando um princípio de incêndio que por pouco não resultou em tragédia. Já no último domingo (1), a Unidade de Educação Infantil Zezinho Gurgel, no bairro Santo Antônio, foi arrombada, furtada e vandalizada durante a madrugada.
Esses acontecimentos e outros que marcaram a pasta da educação nos últimos trinta dias, não estão isolados: são sintomas de um sistema educacional em colapso. A falta de manutenção preventiva, a ausência de sistemas de segurança e a negligência administrativa têm exposto professores, alunos e funcionários a riscos constantes. Enquanto ventiladores antigos ameaçam virar chamas e escolas são invadidas com facilidade, o cotidiano escolar se transforma em um ambiente de medo.
A resposta da gestão municipal tem sido marcada pela minimização dos impactos. A prefeitura informou que as aulas nas duas unidades serão retomadas nesta terça-feira (3), como se a simples retomada do calendário escolar fosse suficiente para resolver uma crise estrutural que exige ações concretas e imediatas.
Situações como essas expõem uma política educacional frágil, que não protege quem mais precisa e falha em oferecer condições mínimas para o ensino. A gestão municipal segue sem investimentos reais em infraestrutura, segurança e valorização da educação.